O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central começa nesta terça-feira (20) uma reunião de dois dias para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.
Atualmente, a taxa está em 14,25%, o nível mais alto desde agosto de 2006. Todos os analistas consultados pela agência de notícias Reuters e pelo jornal "Valor Econômico" acreditam que o BC irá manter os juros nesse nível, assim como fez em sua última reunião.
Os economistas consultados pelo BC semanalmente, para a produção do Boletim Focus, estimam que a Selic fechará o ano nos mesmos 14,25%, e cairá para 12,75% até o final de 2016.
Juros x inflação
O novo governo de Dilma Rousseff (PT) vem adotando medidas impopulares, como aumento de impostos e juros, e cortes de despesas, com o objetivo de acertar as contas públicas.
Uma das maiores críticas a Dilma tem sido a economia, incluindo a inflação em alta. Os juros são usados, entre outras coisas, para tentar controlar a inflação. O governo tenta ajustar suas contas para recuperar a confiança do mercado.
Selic e o juro cobrado do consumidor
A Selic é uma taxa de referência e remunera investimentos com títulos públicos, por exemplo. Não representa os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.
Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial em julho chegou a 253,2% ao ano e os juros do rotativo do cartão de crédito, a 403,5% ao ano.
(Com Reuters e Valor)